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Global Exchange

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Existe vida após o Youth? Uma história de como um intercâmbio mudou minha vida.

Meu nome é Cristina, sou professora de inglês e estou prestes a viver uma aventura muito audaciosa: vou passar 18 dias na França e o meu desafio é voltar fluente no idioma!


Vou começar do nada: o que eu sei de francês se resume a poucas lições que ouvi de um aplicativo ontem, enquanto esperava a hora da consulta do médico.


Mas como tudo começou? Como eu fiquei assim, fominha de cultura, fominha de Mundo? Bom, quando eu era adolescente, uma amiga veio me falar de um programa de intercâmbio da ACM Minas Gerais (é, aquela mesma que ficava na rua Aimorés), Hoje há um belo prédio residencial no local, que marca as saudades de todo mundo que viveu aquela época...


O programa se chamava Youth Exchange, e era um processo seletivo em que os participantes aprovados viajavam aos Estados Unidos basicamente pagando a passagem aérea, isso me chamou a atenção e foi o que me motivou a procurar o programa inicialmente.


Lá fui eu! Me lembro bem do primeiro dia. Cheguei um pouco mais cedo e fiquei batendo papo com o porteiro, pedindo informação, super interessada no programa. Ele reclamou, disse que o pessoal era muito bagunceiro e barulhento.


Eu, cheia de confiança que era uma candidata ideal para o programa, garanti a ele que poderia contar comigo, que eu não era bagunceira e não faria parte de qualquer tumulto...


Quanta inocência! Desde aquela data, em março de 1996, eu nunca mais fui quietinha ou silenciosa!


Era inimaginável não fazer parte daquilo! Eram tantos amigos, tantas pessoas diferentes, de diversos bairros da cidade, de tantas escolas, de idades próximas, de origens e contextos diferentes...


No primeiro treinamento eu não fui selecionada, voltei no ano seguinte não apenas com o objetivo de viajar pelo programa, mas para também retornar e fazer parte daquele grupo de pessoas que conheci durante o YE.


Fui selecionada no Youth Exchange 1997, a viagem foi tudo que eu imaginava e além, viajamos em um grupo de 05 pessoas, acompanhados por um "adulto responsável", o nosso líder do grupo, em um ambiente seguro, realizando tarefas dignificantes nas unidades e comunidades atendidas pela YMCA (esse é o nome da ACM nos EUA).


A diversão que vivemos, os amigos e a auto-confiança que desenvolvemos, tudo isso faz parte de um passado bem presente para mim. Mudou a minha vida!


Primeiro, eu aprendi que dava conta. De quê? De tudo! De viajar sem minha família, de ficar na casa de pessoas que eu nunca havia visto, de transformar "estranhos" em grandes amigos, de cuidar e gerenciar o meu próprio dinheiro e de falar outra língua!


Foram tantas descobertas que fiz ao meu respeito (e olha que a viagem só durou 4 semanas!), que me sentia pronta para ganhar o mundo!



Mais uma vez, quanta inocência.... Ao voltar ao Brasil, decidi me tornar voluntária do programa e da ACM e participei como monitora do treinamento de jovens que viajariam no ano seguinte (os chamávamos de "YOUTHs").

Eu, adolescente, ainda na escola, aprendi a ministrar atividades para um grupo de 100 outros adolescentes.


Naquela época o que eu achava importante mesmo no programa eram os amigos e as relações que desenvolviamos com as pessoas do programa. Outras conquistas aconteceram naturalmente e sem que eu as percebesse.


Como voluntários do programa, nós recebiamos grandes responsabilidades

na organização dos encontros e acampamentos, liderando discussões em grupo e administrando tempo e recursos do programa.


Eu posso não ter percebido à época, mas o mercado de trabalho me recompensou por essas experiências. Fiz duas faculdades, estudei muito, começei a trabalhar e trabalhar e trabalhar mais.


Distribuí meu currículo em várias empresas e digo com alegria que nunca fui recusada em um processo seletivo. Sempre fui chamada para as entrevistas, nas quais sempre me perguntavam das minhas atividades voluntárias na ACM e da minha experiência internacional. Em todos os empregos que tive assumi posição de coordenação e liderança de grupos.


Um belo dia, resolvi mudar e empreender. Eu gostava do que fazia, mas sentia falta de cultura, de amigos, de um cotidiano com músicas, jogos e alegria. Fui então dar aulas de inglês!


Mas como assim?! Abandonar tudo o que eu tinha, tudo o que eu havia construído até então? Como? Pra quê? Essas dúvidas não duraram muito. Logo me veio aquele sentimento, um orgulho, uma esperança no futuro... O mesmo feeling que eu me lembro de ter sentido na frente da Mountainside YMCA, no Novo México: "EU DOU CONTA!"


Dei conta! Minha vida hoje é bem do jeitinho que eu queria! A ACM me trouxe amigos, paixões, realizações, reflexões, crescimento. Mudou meu jeito de pensar.


Eu sou professora e eu posso mudar o mundo! Um pouquinho de cada vez, pessoa por pessoa, adolescente por adolescente, posso ensinar, posso transformar! E o mundo é meu quintal!


Tou indo ali, na França! Quando voltar a gente "parle français", Merci! ;)


P.s - Ainda sou voluntária da ACM, pelos meus filhos, mas também pelos seus, para um mundo melhor para todos.

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